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sábado, 16 de abril de 2011

Transtornos alimentares






Transtornos Alimentares







Embora existam há séculos, é hoje em dia que mais se tem ouvido falar a respeito dos Transtornos Alimentares, isso porque estes transtornos transformaram-se em uma verdadeira epidemia em todo o mundo.


A cada dia aumenta o número de pessoas que desenvolve algum desses transtornos sendo que, a maior incidência, cerca de 90%, ocorre em mulheres jovens que buscam atingir o padrão de beleza valorizado atualmente pela sociedade onde a magreza passou a ser a principal qualidade em detrimento da saúde e da harmonia das formas físicas.


São mulheres que desejam ter o corpo magro das modelos que aparecem nas capas das revistas e nos comerciais da televisão e que, para atingirem esse objetivo, submetem-se a regimes e dietas extremamente rigorosas e sem acompanhamento médico, além da utilização indiscriminada de inibidores de apetite, causando sérios danos que comprometem toda a sua vida e seu bem-estar físico, psíquico e social.


É comum que as pessoas que estão sofrendo desses males recusem-se a admitir que têm algum problema, assim como, existem também aquelas que sabem que há algo de errado com elas, porém, se envergonham com o que fazem e escondem seus sintomas das pessoas que lhe são próximas.


Havendo sinais ou sintomas que gerem a desconfiança da existência de algum desses transtornos é muito importante procurar ajuda médica imediatamente, para que se faça um bom exame físico e psicológico que vai diagnosticar o grau da doença e, em seguida, iniciar o tratamento adequado para cada caso.


Os casos de transtornos alimentares estão geralmente associados a outros distúrbios como o abuso ou dependência de álcool ou drogas, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo e, principalmente a depressão.


A evolução do quadro destes transtornos pode ser gravíssima e ter como conseqüência graus variados de anemia até desnutrição, parada cardíaca, tentativas de suicídio e morte.


Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, melhor será a resposta do paciente e, por isso, é muito importante que este se conscientize e admita que tenha essa enfermidade para que seja capaz de manter o tratamento até sua melhora.


Embora graves todos estes transtornos respondem muito bem aos cuidados e aos tratamentos disponíveis hoje em dia que podem incluir psicoterapia individual ou em grupo, utilização de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, cuidados clínicos que revertam problemas físicos causados pelos sintomas e maus hábitos adquiridos durante a doença, orientação e acompanhamento nutricional e psicológico.


É muito importante também que haja apoio e incentivo da família e dos amigos para que a pessoa se sinta acolhida e motivada a manter o tratamento até o fim.






Quem sofre com os transtornos alimentares costuma ter traços de personalidade semelhantes, não que isso seja uma regra, mas é comum que sejam pessoas impulsivas, tenham uma baixa auto-estima, comparem-se muito às outras pessoas, sejam pessimistas e muito ansiosas, preocupam-se muito com sua imagem e têm pavor em tornarem-se gordas. Possuem grande sensibilidade e medo de críticas e de rejeição e por isso tendem a isolar-se.


Comer pode ser para elas, uma forma de aliviar a ansiedade que sentem pelas suas mais variadas dificuldades emocionais e de relacionamento social.






Os Transtornos Alimentares mais comuns são: Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno do Comer Compulsivo.






ANOREXIA NERVOSA






A anorexia nervosa é um transtorno caracterizado pela recusa voluntária de se alimentar corretamente mesmo havendo fome e perda de peso acentuada.


A pessoa emagrece demais, mas acredita plenamente que está com excesso de peso, isto é chamado de distorção da imagem corporal.


São pessoas que estão sempre envolvidas com regimes, dietas e receitas de todos os tipos, preocupam-se com o valor calórico dos alimentos e desenvolvem rituais alimentares como, por exemplo, pesar e calcular tudo aquilo que vão ingerir, ou então, cortar os alimentos em pedaços bem pequenos, ficar longos períodos em jejum mesmo estando com fome, recusam comer na frente dos outros e restringem a variedade dos alimentos que consomem.


Podem passar dias inteiros sem se alimentar.


Costumam se pesar freqüentemente ou tirar suas medidas corporais com fita métrica.


Mesmo com fraqueza submetem-se a realização de ginástica ou qualquer outra atividade física com o intuito de emagrecer ainda mais, porém, mostram-se obsessivamente insatisfeitas com seu peso e sofrem por verem-se gordas quando se olham no espelho.


A privação de nutrientes necessárias para a manutenção saudável do organismo somado às práticas intensas de atividades físicas são os grandes causadores das complicações que podem levar a morte de quem sofre de anorexia nervosa.


A desnutrição causa enfraquecimento geral do organismo, diminui o ritmo metabólico e enfraquece as defesas do sistema imunológico deixando o corpo propenso a diversas doenças, infecções e anemias que, mais adiante, podem gerar sérios danos aos órgãos vitais.


Pode ocorrer também a chamada amenorréia ou ausência dos ciclos menstruais normais e a queda da pressão arterial e da freqüência respiratória.


A pele perde o viço tornando-se ressecada e amarelada e é comum, nestes casos, aparecer o “lanugo”, uma penugem escura e fina que recobre todo o corpo.


O cabelo e as unhas tornam-se quebradiços, os ossos perdem cálcio e ficam frágeis e suscetíveis a fraturas.


A pessoa costuma sentir muita sede, ocorre desidratação, prisão de ventre, redução da massa muscular, fraqueza generalizada, apatia, baixa resistência ao frio, tontura e inflamações nas articulações.


A anorexia nervosa, muitas vezes, está vinculada a alguma outra doença psicológica como a depressão, os transtornos de ansiedade, distúrbios de personalidade, transtorno obsessivo-compulsivo ou com o uso ou dependência de drogas.


Nos casos mais graves há sérios riscos de tentativa de suicídio.


Quanto ao temperamento de quem apresenta esse distúrbio pode-se dizer que, muitas vezes, trata-se de pessoas aparentemente calmas e retraídas, hipersensíveis, obedientes, bons alunos ou esportistas dedicados, perfeccionistas que gostam de manter tudo em ordem e arrumado.


Demonstram preocupação exagerada com os fatos da vida e bastante medo de possíveis mudanças no seu cotidiano.


Podem ser bastante desconfiadas e não costumam falar sobre si mesmas, assim, guardam para elas seus problemas e culpas e não procuram auxílio de parentes, amigos ou de algum especialista.


Com o desenvolvimento da doença ocorrem mudanças de comportamento visíveis como explosões de raiva e agressividade, irritabilidade, falta de concentração, cansaço excessivo, tristeza prolongada e alterações no sono.










BULIMIA NERVOSA






Na Bulimia Nervosa as pessoas ingerem de uma só vez grandes quantidades de alimentos e depois induzem vômitos, utilizam laxantes, diuréticos ou praticam intensivamente exercícios como forma de livrarem-se das calorias ingeridas e evitarem o ganho de peso.


São pessoas que estão com o peso adequado (à idade e altura) ou um pouco acima do adequado, mas acreditam firmemente estarem muito gordas.


Quando as crises ou episódios de comer compulsivamente ocorrem, estas pessoas dão preferência por alimentos bastante calóricos como doces, pães, bolos e carboidratos em geral. Comem de forma rápida e em grandes quantidades até sentirem-se empanturradas e desconfortáveis e, logo em seguida, são tomadas por sentimentos de arrependimento e culpa que as deixam profundamente deprimidas e as levam a realizarem os chamados métodos compensatórios que, acreditam elas, irão desintoxicá-las e livrarem seu corpo das calorias que ingeriram de uma só vez. É então, que provocam mecanicamente vômitos (colocando o dedo na garganta), abusam dos laxantes, diuréticos, de longos e penosos jejuns e de exercícios físicos intensos que lhes trazem um certo alívio momentâneo.


Esses rituais de comer compulsivamente e, em seguida, eliminar o que se comeu acontecem, geralmente, em segredo e sem que parentes e pessoas próximas percebam.


As conseqüências da realização repetida desses rituais causam sérios problemas à saúde porque agridem gravemente o organismo.


Insuficiência cardíaca por perda de minerais, problemas renais, desvios hormonais, ruptura do estômago por ingestão excessiva de alimentos, doenças gástricas, desgaste do esmalte dos dentes, cáries, câimbras, abrasões nas mãos, inflamações no esôfago, irregularidades menstruais, desinteresse sexual, inflamações na garganta e desnutrição são comuns em quem sofre desse transtorno.


As pessoas que desenvolvem um quadro de bulimia nervosa são aparentemente extrovertidas, impulsivas, se deixam levar por modismos e novidades, às vezes são coléricos e preocupam-se demais com a opinião alheia.


A bulimia nervosa está geralmente associada a outros distúrbios psicológicos, principalmente a depressão, dependência de drogas, cleptomania (furto compulsivo), ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo entre outras, o que agrava o quadro da doença e aumenta o risco de comportamento suicida.










TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO






Assemelha-se a bulimia nervosa porque a pessoa tem episódios de comer rápida e compulsivamente grandes quantidades de alimentos mesmo sem sentir fome e até não agüentar mais, no entanto, ela não induz a eliminação daquilo que ingeriu, não faz uso de métodos compensatórios mesmo sofrendo por agir da forma que agiu.


Geralmente são pessoas obesas que fracassaram anteriormente nas tentativas de controlarem seu peso.


Podem ter problemas orgânicos associados ao distúrbio, como diabetes, taxas elevadas de colesterol e triglicérides, hipertensão arterial, afecções cardíacas entre outras.


Em muitos casos o transtorno do comer compulsivo está associado à depressão.


CAUSAS DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES






Até hoje não se pode verificar algum elemento isolado causador dos Transtornos Alimentares. Pesquisas apontam para a causalidade variada em que determinados aspectos: genéticos, neuroquímicos, sócio-culturais, comportamentais e psicológicos somados a algum evento desencadeante ou estressor resulte no desenvolvimento da doença.


TRATAMENTO






O tratamento dos distúrbios alimentares varia de acordo com a gravidade em que a doença se encontre. Por isso, a importância de se procurar auxílio médico o mais rápido possível. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada e o tratamento correto for empregado, maiores e melhores serão as chances de recuperação.


O tratamento pode ser ambulatorial, nos casos mais leves ou necessitar de internação hospitalar nos casos mais adiantados, onde o paciente já tenha tido prejuízos sérios causados pela desnutrição ou quando exista a associação do transtorno com a depressão com risco de suicídio.


De qualquer forma um bom tratamento vai associar cuidados médicos para recuperação dos prejuízos orgânicos provocados pela deficiência de nutrientes e reeducação alimentar para corrigir os maus hábitos praticados na doença, a utilização de medicamentos antidepressivos, que responde muito bem na recuperação do paciente e na prevenção de uma eventual recaída.


Juntamente aos cuidados médicos é importante haver um tratamento psicológico, onde o paciente irá rever suas crenças a respeito da sua neurose em buscar um corpo perfeito, repensar seus padrões comportamentais, alimentares e emocionais.


Vai entrar em contato com seus conflitos internos e analisar seus pensamentos e seus julgamentos distorcidos a respeito do mundo e de si mesmo de forma a se libertar do que lhe é nocivo e viver de forma mais consciente, saudável e feliz.






Se você está passando por algum desses problemas, procure ajuda imediatamente! Você vai melhorar, mas precisa dar o primeiro passo!


Em caso de dúvidas entre em contato.





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