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terça-feira, 26 de abril de 2011

Guia dos vinhos para iniciantes




Guia dos vinhos para iniciantes: o que você precisa saber para degustar e entender


Não importa a sua preferência, o que vale é apreciar um bom vinho



Existem muitas formas de apreciar um bom vinho. Mas será que você sabe a forma correta? Qual vinho combina melhor com qual prato? As diferenças dos vinhos? Vamos entender, então.

O vinho...

No processo de fermentação do vinho, formam-se várias substâncias naturais que diferenciam um vinho do outro. O gosto do vinho é determinado por uma série de fatores como: o estado de maturação da uva, tipo de uva utilizada e o grau de amadurecimento e envelhecimento do vinho. A temperatura ideal para servir vinhos tintos é de 15ºC, já os brancos podem ser apreciados numa temperatura de 10ºC a 12ºC.

A degustação...

Inicialmente é feita a análise visual do vinho. Esta análise é realizada colocando a taça contra uma fonte de luz ou uma superfície branca. É importante lembrar que o vinho deve ser decantado (saiba o que é decantar, abaixo) para se efetuar esta análise. Se após o processo de decantação o vinho ainda ficar turvo, isso mostra que o vinho não está bom. Após esta análise, começa o processo da intensidade. É analisada a cor do vinho proveniente da casca da uva e da polpa. Vinhos intensos são considerados de alta qualidade. Quando aparece uma coloração dourada clara em vinhos brancos ou dourada escura, em vinhos escuros, isso mostra que está havendo oxidação e isso não é bom.

Na fase da nuance, é analisado o envelhecimento do vinho. Os vinhos tintos mais jovens apresentam coloração púrpura, já os mais velhos, cor alaranjada ou castanha. Por fim, chega a hora de ver as lágrimas do vinho. Sim! Vinhos têm lágrimas. As lágrimas nada mais são do que as gotas que escorrem no copo. Veja só: quanto mais lentas as lágrimas forem, maior o teor alcoólico do vinho. Se as lágrimas forem rápidas, significa que o teor é baixo.

Os diferentes tipos de uva:

Periquita: Feita em Portugal, faz vinhos tintos com sabor bem marcante. Pode ser misturada com a Cabernet Sauvignon.

Cabernet Sauvignon: Com esta uva, são produzidos os vinhos de Bourdeaux (sudoeste da França). Geralmente misturam-se também as uvas Cabernet Franc, Merlot e Malbec, entre outras, para equilibrar o sabor e deixá-lo mais refinado.

Merlot: Também é cultivada em Bordeaux e é utilizada em vinhos Saint-Émilion e Pomerol. Em 1900 veio para o Rio Grande do Sul, que produz mais de 5 mil toneladas anuais destas uvas.

Malbec: Também produzida na França, produz vinhos frutados, macios, encorpados e de cor escura. A Argentina usa muito esta uva e detém a marca de produzir 59% do plantio mundial.

Chardonnay: Possui cachos pequenos e é uma das uvas mais tradicionais na produção de vinhos brancos. Foi plantada no Brasil por volta de 1980, mas ainda representa apenas 0,1% dos vinhedos.

Moscatel: Vem da Grécia e possui uma uva bastante adocicada.

Syrah: Tem coloração roxa intensa e aroma bem complexo, sendo capaz de produzir ótimos vinhos.

Vinho do Porto: São fabricados exclusivamente em uma região de Portugal, a do Douro. Possui um teor alcoólico alto e açucares naturais da fruta. Este vinho tem aroma que lembram cerejas e morangos. É a parceria perfeita para o chocolate.

O que comer com cada vinho...

A enóloga Maria Amélia Duarte Flores explica que é muito genérico dizer qual vinho combina com cada comida, “depende do tempero da carne e das comidas em si”, diz. Mas ela dá dicas:

Peixes e frutos do mar: Como é um prato ácido, o ideal é que o vinho seja mais ácido que o prato. O vinho Sauvignon Blanc é uma boa pedida para acompanhar estas refeições. Se você for comer bacalhau, é melhor tomar com um Chardonnay ou um Pinot Noir. Um peixe preparado com ovos e condimentos fortes pede um vinho tinto, já se o tempero for à base de azeite de oliva, o melhor é um Chardonnay que passou em madeira.

Carne vermelha: Carnes bem passadas harmonizam melhor com vinhos como Merlot. Se for um churrasco gaúcho, Cabernet Sauvignon.

Carne de frango: “Se for acompanhada de um molho mostarda, por exemplo, dá para beber um Sauvignon Blanc, que é bem refrescante”, diz Maria.

Chocolates: Para acompanhar um chocolate bem gostoso é bom harmonizar com um vinho Cabernet encorpado, com um Syrah ou até mesmo com o famoso vinho do Porto.

Saladas: Vinhos como Chardonnay, Sauvigon Blanc e espumantes combinam bem com saladas.

Massas: “Também depende do molho. Uma massa com molho pesto pede vinhos brancos intensos como Chardonnay, já o molho bolonhesa, um Merlot ou Cabernet.



O que é decantar o vinho?

Decantação é, simplesmente, a passagem do vinho da sua garrafa original para um recipiente (de cristal ou vidro), designado por decanter ou decantador. A decantação é feita exclusivamente com os vinhos tintos e elimina as borras acumuladas, principalmente em vinhos velhos que estão engarrafados há anos. A decantação ainda permite que o vinho “respire”, ou seja, a oxigenação permite a total libertação dos aromas contidos numa garrafa, melhorando assim o paladar ao degustar o vinho.

Dicionário do vinho:

Aberto: Vinho de cor clara

Acidez: Sensação de frescor que é provocada pelos ácidos do vinho. Quando um vinho ácido é bebido, ocorre imediatamente mais salivação.

Aveludado: Uva macia e com textura de veludo.

Bouquet: Aroma resultante do envelhecimento do vinho.

Corpo: Sensação tátil do vinho à boca. Sensação de peso ou “boca cheia” em função do teor extra seco.

Curto: Tipo de vinho que não deixa sabor fixo na boca.

Demi-sec: Vinho ligeiramente doce.

Fechado: Vinho jovem e recém engarrafado e que ainda não demonstra sua marca.

Frutado: Vinho com aroma de frutas.

Jovem: Vinho frutado com pouco tanino e acidez agradável. Exemplos: vinhos brancos, espumantes e vinhos brasileiros.

Suave: Vinho com pouco corpo e álcool.

Tanino: Substancia existente na uva que dá adstringência ao vinho.

Tânico: Vinho que tem muito tanino.



Você sabe o que quer dizer um vinho “encorpado”?

A enóloga explica as principais diferenças entre os vinhos leves, medianos e encorpados. “Um vinho leve é um Pinot Noir da Patagônia ou um Gamay brasileiro, pois possui poucos taninos, moderada graduação alcoólica e é mais frutado. Já o encorpado tem componentes que aparecem mais como o tanino (que dá a sensação de adstringência, de um caqui verde), tem cor mais profunda e maior grau alcoólico. Isso não quer dizer que um vinho seja melhor que o outro, apenas que são diferentes.



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