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domingo, 17 de outubro de 2010
A arte da sedução
A arte da sedução: repórter do Donna fez curso de sensualidade feminina e conta como foi
Pompoarismo, massagem tailandesa e striptease estão no cardápio
Cristina Vieira
cris.vieira@diario.com.br
Eu não me considero uma mulher que tenha pudores com o sexo. Mas, assim, beeeeeeeeem resolvida também não sou. Aliás, sempre fico com uma pulguinha atrás da orelha quando vejo mulheres se vangloriando de performances na cama.
A mulher é um bicho com texturas e alongamentos não medidos totalmente pelo homem, ou melhor, pela ciência, porque pelo homem ainda não foram mesmo. Sempre temos um algo mais que ninguém sabe. E o sexo, com certeza, mora nesse lugar de temas enigmáticos.
Pensava nisso no carro enquanto seguia para o curso Deusa do Amor, que aconteceu em um hotel, em Florianópolis, no sábado, 2 de outubro. Vergonha é a palavra que melhor define minha sensação no carro e na primeira hora do workshop.
Logo, uma mulher falou:
— A repórter vai fazer o curso também, né?
Vou. Começamos com um exercício de pompoarismo. Bumbum na ponta da cadeira, cabelos soltos, olhos fechados, inspiração profunda e contração dos músculos da vagina. A professora Celine Imaguire pede para apertar o primeiro anel da vagina, depois o segundo e, em seguida, o terceiro.
Impossível diferenciar. Ou eu contraí os três juntos ou nenhum deles. Não sei dizer. Vale registrar a sensação. Gostosa. Sinceramente, é aquele calorzinho nas partes baixas, que a gente sente no começo do rala e rola.
A professora descontrai. Diz que quem sentiu a tal quentura mexeu o lugar certo. Mas para saber qual é qual anel só com mais prática. Ela cita a apostila do curso que tem exercícios para serem feitos em casa.
Estamos sentadas em círculo. As mulheres me surpreendem. Pensava que encontraria moças solteiras à procura, jovens ou até profissionais do sexo. Quase todas eram casadas e bem-sucedidas. Mulheres que sabem da importância do sexo para a saúde e para a vida.
Depois do exercício, Celine passa rapidamente para uma atividade de postura. Pede para a gente andar pela sala e observa cada uma. Diz que a sensualidade é um hábito. O andar deve ser elegante, com um pé na frente do outro, coluna ereta para "conectar as energias".
Confesso que acho meio estranho estar o tempo todo com as costas retas, pernas bem cruzadas. Sinto-me meio estátua, como se estivesse à mostra. Ao mesmo tempo, a postura passa altivez. Vale usar na hora da conquista.
A timidez foi embora. Naquela sala fechada, decorada com objetos eróticos, há um contrato subjetivo de cumplicidade, confirmado na troca de olhares. Mulheres iguais na busca por descobrir a si mesmas. Não há ninguém do círculo de convivência por ali. A ordem é libertar-se.
O poder das mãos
Começa uma das mais proveitosas partes da aula: a massagem tailandesa. Luzes apagadas, e a "vítima" é chamada. Carlos Kadosh é parceiro de Celine no curso. Ele deita no chão, e a professora ensina técnicas de massagens básicas, como o murrinho nas costas e o amassamento.
A massagem tailandesa é demonstrativa. Fica difícil decorar as técnicas e ter coragem de aplicá-las. Mas aprendi pontos considerados erógenos dos homens, como o buraquinho do queixo, o dedão do pé e as partes internas das pernas.
Em movimentos circulares, a mulher massageia o corpo do homem, usando pés, seios ou bumbum. Também serpenteia o corpo sobre ele. O homem fica de olhos vendados. A mulher, apenas de calcinha. Há momentos de mordidas no pescoço, nos ombros e puxadas de cabelo.
Tirar a roupa sem pudores
Chega o momento mais esperado: o striptease. Uma cadeira é escalada para o papel de parceiro. a professora manda todas pensarem em um homem bem lindo. Olho para a cadeira e alterno o pensamento entre Brad Pitt e Malvino Salvador.
A professora ensina movimentos e relaciona-os com bichos, tipo o andar da gata. Alguns são comparados aos elementos terra, ar, fogo e água.
— Se na hora esquecerem, lembrem dos elementos e busquem o movimento.
Rodamos em volta da cadeira, jogamos o cabelo e uma das pernas sobre ela. A professora ensina o strip Sharon Stone, com a famosa cruzada de pernas da atriz, do filme Instinto Selvagem. Todo mundo se empolga. Treinamos dois tipos de cruzadas, sentadas na cadeira.
O olhar é essencial. Celine pede para pensarmos na parte do corpo do homem mais desejada. Devemos olhar com vontade de comer. O strip acontece, mas ninguém tira a roupa. As gargalhadas já eram escancaradas. Uma catarse feminina e secreta.
Obs: Matéria tirada do clicrbs.
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/donnadc/19,380,3076116,A-arte-da-seducao-reporter-do-Donna-fez-curso-de-sensualidade-feminina-e-conta-como-foi.html
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